segunda-feira, 25 de novembro de 2013

(Re)descobertas

Oie pessoal, vim aqui dar uma passadinha rápida! Como vocês perceberam, finalizei meu posts franceses em agosto e em setembro fiz as ultimas atualizações da minha volta ao Brasil. Mas esse blog acabou virando um diário, e decidi que qualquer texto que eu escreva, inspirada pelo intercâmbio, vai vim parar aqui no blog. Então de vez em quando virei escrever algumas coisinhas pra matar a saudade! Hoje, vim falar de um sentimento que tive pela primeira vez na França, e que reapareceu aqui no Brasil! 


Há alguns meses atrás, ainda no meu lar francês, descobri uma reação, ou melhor, um sentimento muito curioso: enquanto falava com a minha família brasileira, mesmo que por alguns poucos minutos, meu coração se enchia de alegria e todos os aspectos pessoais melhoravam: meu humor com as pessoas, minha percepção diante das diferenças e principalmente, minha paciência nas dificuldades. Era como se eu descobrisse a sensação de alívio, após estar, sem perceber, vivendo fora do meu controle, do meu ambiente de segurança. 
Há algumas horas atrás, já no meu lar brasileiro, redescobri uma reação, ou melhor, um sentimento muito curioso: enquanto estava falando com a minha "mãe" francesa, mesmo que por alguns poucos minutos, meu coração se encheu de alegria e todos os aspectos do dia melhoraram, meu humor com as pessoas, minha percepção diante das diferenças e principalmente, minha paciência nas dificuldades. Foi como se eu descobrisse a sensação de alívio, após estar, sem perceber, vivendo fora do meu controle.
Ambos sentimentos foram enraizados e nutridos no mesmo lugar: o coração. Cinco meses depois de me separar de uma parte de mim, fico contente em perceber o quanto essa parte é ainda pulsante, importante e significativa
Só quem vive essa experiência percebe que o mundo se abre de uma maneira tão impressionante para o intercambista, que a gente compreende que, infelizmente, ele é grande demais pra podermos estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. 
Só quem vive essa experiência, junto á uma família estrangeira maravilhosamente e especialmente acolhedora, compreende que o mundo se abre de uma maneira tão impressionante para o intercambista, que a gente faz o impossível acontecer: ficamos em dois lugares ao mesmo tempo. 
O agente motivador disso é  único capaz de ser partilhado e multiplicado ao mesmo tempo, o único que atravessa super distâncias e o único que melhora o "impossível de se melhorar": o amor.



domingo, 1 de setembro de 2013

E hoje já faz um ano...

Um ano atrás. 06:46. Estava provavelmente em Madrid, sentindo a primeira angústia da nova aventura. Nas primeiras horas de intercambista, inocentemente vivi o ciclo dos dez meses em dez horas. 
A explosão de felicidade e coragem. O medo que de mansinho chegava e de repente dominava o pensamento inteiro. O pavor indo embora e deixando um brilho de orgulho...eu consegui. As pequenas borboletas no estômago, que de graciosas se tornavam inquietas demais, doloridas demais. A solidão. O "estar rodeado" e estar só. 
Que pais é esse? O cheiro estranho, o idioma enrolado. O sol radiante. O mesmo sol do Brasil, agora nascendo na Espanha. A perda de comunicação. De repente era eu e eu. De repente ninguém podia me ajudar. 
O primeiro "tenho que me virar" em espanhol, em francês...
Os viajantes, que um dia assim como eu, tiveram sua primeira vez. E naquela hora, juntos ou acompanhados faziam me sentir tão pequena...e tão eles. O segundo avião pequeno. O francês totalmente diferente. 
A angustia batendo os recordes. A emoção. A realização.
 O português se despedindo sorrindo. 
O primeiro estranho que confiei fora do Brasil foi um brasileiro. O primeiro "boa sorte" que recebi já na França foi de outro brasileiro. Os brasileiros...tão amados, amáveis e pouco orgulhosos que não têm noção da energia que essa mãe gentil  nos transmite e nos faz transmitir. 
A França. O pé no chão. A mala na mão. Tudo tão grande. A recepção. Os abraços. 
Há um ano atrás.


domingo, 18 de agosto de 2013

Os primeiros passos...

Salut pessoal! É com um sentimento estranho que venho aqui escrever o ultimo post do meu intercâmbio. Hoje, depois de quase dois meses da minha partida da França, venho aqui finalizar com vocês, uma etapa super importante da minha vida. Entrei nessa aventura animada e com expectativas, mas com um pouquinho de medo também. E foi aqui que eu  me lembrava todos os dias, o quanto é bom superar os medos.
Quando pensei em criar esse blog, tinha duas principais expectativas: fazer minha família e meus amigos participarem dessa experiência comigo e guardar os detalhes de cada coisinha que eu estava vivendo. Agora, o blog vai fazer parte de uma linda lembrança. Todas as vezes que a saudade apertar e que as memórias pedirem, eu virei aqui e viverei novamente o meu maravilhoso intercâmbio. 
Eu tinha muitas idéias pro blog, algumas foram pra frente, outras, devido à falta de tempo, de animação  etc, não foram bem sucedidas, exemplo disso é o vídeo, ou melhor, os vídeos que eu prometi gravar falando em francês e nunca gravei, rsrs, désoleé.
Mas me considero realizada com esse meu objetivo. Minha família e amigos me acompanharam por aqui, e dessa forma, a distância parecia menor.
Queria ter deixado o blog mais pessoal, com minhas experiências na escola, com os franceses, minha opinião sobre a vida lá fora. Mas o tempo passa tão depressa, que eu, em todas as vezes, dei prioridade por viver as experiências e depois escrevê-las. O problema, é que elas eram tantas, que foi impossível contar tudo para vocês.
O blog se tornou parte da minha vida, um detalhe da rotina, que me deixava feliz, me fazia viver os melhores momentos da viagem quantas vezes eu quisesse. Por isso vou mantê-lo aqui, nesse mesmo endereço, para sempre. Assim eu e vocês poderemos viver e reviver os meus dez meses na França o quanto quisermos.
Aqui eu deixo o meu "merci beaucoup" para todos que deram uma olhadinha nos meus posts, que comentaram e que me incentivaram. Eu espero ter passado essa experiência com clareza e delicadeza. Espero ter feito todos sonharem com uma viagem assim. Porque um dia, isso foi  só um sonho distante e aparentemente impossível, e hoje, mudou cada pedaço de mim. 
Aos intercambistas que vão embarcar nesse, ou nos próximos anos, saibam que essa foi a melhor decisão da vida de vocês. Saibam que não será sempre fácil, e que algumas vezes, a saudade vai doer tanto, que o tempo vai parar. Vocês vão parar. E pensarão: "Como eu tive coragem?". Mas saibam também que esses momentos passam mais rápidos do que imaginam. No final dos seis, ou dez meses, as boas memórias permanecerão, e o coração vai apertar ao pensar que essa fase está acabando. E virão outras fases. E virão outros sonhos. 
Eu no momento atual, estou me dedicando a fazer o que deixei pra trás ao sair daqui: vestibular. E com isso poderei me dedicar a fazer o que a França deixou em mim: a vontade de conhecer o mundo, suas pessoas e suas culturas. Daqui pra frente uma nova etapa da minha vida vai começar. Com pessoas diferentes, lugares diferentes e medos diferentes. E assim por diante...às vezes as mudanças nos assustam, mas geralmente elas são mais motivadoras do que tudo. E é isso que eu desejo para vocês e pra mim: que tenhamos a sabedoria de aceitar as mudanças e aprender com elas.  Que o medo seja um obstáculo...superado. E que possamos ser os donos de nossas vidas, fazendo nossas próprias escolhas e cultivando nossa felicidade. Obrigada pessoal, estou indo dar os primeiros passos, do resto da minha vida.
Bisous!



Em casa..

Enquanto estava abrindo meu computador, fui buscar as imagens para o post na pasta intitulada "France". Mas não achei. Daí me lembrei que não estou mais na França, e que as minhas fotos, agora, estão na pasta chamada Brasil.
Então, hoje o post no blog não é sobre um dos inúmeros passeios feitos na França, ou alguma experiência interessante que eu quis compartilhar. Vou mostrar pra vocês a última etapa do meu intercâmbio. Ou melhor, a última etapa do fim do meu intercâmbio.
No post passado, eu mostrei pra vocês minha horas passadas nos aeroportos. Estou finalizando agora, ao mostrar pra vocês como fui recebida aqui em casa.
O sentimento de felicidade me preencheu quase por completo, superou minhas expectativas e calou meus receios.
Vamos ver como foi??

A parte da minha família que não pode ir ao aeroporto, estava me esperando na porta da minha casa!

Vídeo desse momento: clique aqui! Desculpem a qualidade do vídeo, não foi gravado na minha câmera, e eu não soube modificar o formato! :(

Teve até faixa!!!

Enquanto ia entrando em casa, percebi que minha mãe a decorou todinha!!! Super fofa!


Vídeos: clique aqui e aqui!

Com o pessoal:


Foi muito gostoso ver todo esse povo de novo!! Afinal, não tem coisa melhor do que voltar pra casa e rever todas as pessoas que sempre foram importantes, que sempre me apoiaram.
Durante os dez meses lá fora, mantive contato com as pessoas mais próximas quase todos os dias. Geralmente é recomendado uma certa distância com a família que ficou no Brasil, assim a adaptação do intercambista no novo país é mais rápida. Mas eu, sabendo dos meus limites, mantive essa distância quase invisível. E o blog me ajudou nessa parte, deixou todos mais "próximos" da minha vidinha francesa.
Então quando cheguei aqui e vi toda a minha família cheia de amor, não me surpreendi. Da mesma maneira que eles se despediram com todo carinho do mundo, eles me receberam de corações abertos. Sabe aquela história de dê asas pra voar e motivos pra voltar?? Então, eu tenho um monte de motivos pra voltar. Sei que onde estiver no mundo, vou deixar um pedacinho do meu coração aqui. 
Família é tudo de bom né?? Seja aqui ou na França...

Enfim, foi por causa da minha família que fiz o blog e foi uma das melhores coisas que fiz no intercâmbio!!!
No post próximo eu vou me despedir de vocês pessoal...foi uma etapa linda que infelizmente está terminando...Bisous!!! E até lá!


sábado, 3 de agosto de 2013

No aeroporto!

Oiee pessoal! Atrasada eu sou né?? Queria ter terminado esses dois últimos posts antes de começar toda a correria do cursinho, mas fiquei super ocupada nas férias e o blog acabou sendo deixado um pouquinho de lado. Mas aqui estamos nós! Hoje vou contar como foi no aeroporto!

Minha fotinhas antes de partir pro aeroporto!! :) 

As malas!


No jardim da nossa casa!

Irmãs lindas!

Família!

A menininha mais linda do mundo!

Então pessoal, eu saí do aeroporto de Toulouse, que fica uns bons quilômetros da minha casa, as 18:50. Como cheguei cerca de duas horas antes do voo, deu tempo da gente tomar um ultimo café e começar as tão doídas despedidas. Beijinhos e abraços não pareceram suficientes pra dar um até logo para as minhas irmãs, pra Marie e pro Guy. Além disso precisei pagar bagagem extra, rsrs, eu sabia que seria necessário, mas não imaginei que seria tão caro. Pela minha companhia aérea, a Ibéria, qualquer peso extra tem o mesmo custo: 200 euros! Imaginem meu espanto! Se soubesse teria levado mais malas, o preço era o mesmo pra oito quilos extras ou oitenta! hihi!

Tonya princesa no aeroporto!

É totalmente óbvio falar da importância dessa família francesa pra mim. Como eu já disse pra pessoalmente, eles conseguiram me acolher como verdadeiro membro da família. Me aceitaram e tiveram toda a paciência comigo. Desde os primeiros momentos eu recebi o carinho deles no meu coração e talvez por isso nunca senti, nesse últimos momentos, aquele sentimento de separação. Tenho a certeza que nossos reencontros serão possíveis e reais. O contato que em dez meses foi nutrido vai durar por muitos e muitos anos. 
E como também já disse á eles, vou ser muito feliz em acompanhar a vida dessa princesinha aí de cima. Lembro que nos primeiros momentos em que estive com ela, ainda no aeroporto, ela pegou minha mão e ficou perto de mim o caminho todo. Foi a acolhida mais pura, emocionante e inesquecível. Com ela eu me diverti assistindo as pequenas descobertas de uma criança de cinco anos, os pequenos desafios, e a alegria. Seja em desenhar, em fazer uma sobremesa, em ir pra praia, em tomar sorvete...Lembro das vezes que ela sentava do meu lado na cama, só pra conversar, dançar, ou mexer no celular, rsrs! Me diverti também em ver como ela ficava empolgada com as minhas descobertas, como diz o Guy, ela foi minha primeira professorinha de francês, rsrs. Lembro de como ela achava que o Brasil ficava há algumas poucas horas da França, e de quando eu, diversas vezes, falava que quando ela crescesse, ela poderia ir me visitar no Brasil. Quando eu crescer e tiver seis anos? Dizia a menininha de cinco. Que ela mantenha sempre no coraçãozinho esse amor que inunda todos a sua volta. E que eu sempre a mantenha por perto...

À bientôt Fraaaance!

Cheguei em Madrid as 20:10 e esperei até meia noite e meia pra embarcar em São Paulo. Essa espera foi bem tranquila. Minhas malas foram mandadas direto de Toulouse pra São Paulo, então aproveitei o solzinho que ainda tinha, sim!, afinal no verão europeu o sol vai embora depois das nove horas da noite, e fui reconhecer um pouquinho do aeroporto, lanchar e dar noticias pra família. 

Lanchinho, rsrs!


Dessa vez estava sozinha, vocês lembram que quando eu fui pra França encontrei o Téo? Um estudante super simpático que  ajudou a me virar em Madrid até o ultimo momento?? Pois é, dessa vez não encontrei ninguém simpático, rsrs. Tive que ficar perguntando pro pessoal do aeroporto mesmo, e querem saber? Foi bem tranquilo! O aeroporto é enorme, mas acho que na outra vez o medo e a ansiedade eram maiores, então tudo ganhou uma proporção especial. Fiquei até onze horas da noite andando pelo aeroporto e depois fui procurar minha sala de embarque. No começo eu confundi o lugar que faz o check in com o lugar que espera pro embarque. Como eu já tinha esperado em Madrid na outra vez, me lembrava da sala de embarque e vi que tinha algo errado. Alguns dias antes eu tinha até baixado o mapa do aeroporto mas não adiantou muita coisa na hora. O que me ajudou foi a sinalização super eficaz do aeroporto. Fui seguindo, peguei um metrô pra sala de embarque e rapidinho cheguei no portão que eu deveria estar. A sala de embarque dos aeroportos de Toulouse e de Madrid são enormes! Cheias de restaurantes, farmácia, bancas de revistas e lembrancinhas. No de Toulouse eu fui pro Paul's, uma rede de produtinhos franceses, e aproveitei pra comer meu último croissant. No de Madrid eu fui pra lojinha de lembrancinhas e comprei bonés do Barcelona para o meu irmão e pro meu pai, uma almofada pra pescoço e uns chaveirinhos.





Nessa hora foi engraçado. 
Eu lembrei da outra vez que estava no aeroporto e a moça foi falar francês comigo, eu apavorei e usei meu portunhol. Dessa vez a moça foi falar espanhol comigo, mas me deu um branco e só saiu o francês, rsrs! Enfim, fiz minhas últimas comprinhas com euro e fui esperar pra embarcar. Confesso que até essa hora ainda estava receosa de voltar, tinha quase certeza que ia demorar uma eternidade pra mim readaptar ao meu país. Mas tinha tantos brasileiros perto, ouvi tanto português que fiquei animada! Comecei a me sentir em casa!

O voo de Madrid á São Paulo foi longo, cheguei ás 06:25 da manhã. Ao contrário do meu primeiro voo em direção a Madrid, meu acompanhante de voo não era legal. Era uma mulher séria até demais, que nem disse Oi! direito. No voo do inicio do intercâmbio eu dormi quase o tempo inteiro, nesse eu não consegui dormir direito. Fiquei incomodada no meu assento, tudo parecia pequeno e silencioso demais. Devo ter levantado umas cinco vezes. A comida estranha já me dava saudade da comida maravilhosa da França. O tempo parecia não passar...

Jantinha do avião: saladinha, frango com legumes e brownie de sobremesa.

Café da manhã:  sanduíche, café, suco, bolinho e iogurte. Cadê o croissaaaaaant? :(

Depois de quase doze horas de voo, cheguei cedinho em São Paulo!! Fui fazer umas comprinhas bem basiquinhas no Duty Free, uma lojinha com produtos do exterior sem impostos, e andar um pouquinho no aeroporto. Essa parte foi a mais cansativa da viagem. Eu tive que ficar carregando as minhas três malas, a mochila e a bolsa pra todo lado até duas horas antes do meu voo pra Goiânia. Fiquei seis horas esperando no aeroporto, quatro dessas horas com esse peso imenso. Resultado? Fiquei a metade do tempo em um café e a outra metade no outro. Assim que pude, despachei minhas malas e fui tentar relaxar um pouco. Tinha bagagem extra, mas como já tinha pagado em Toulouse, apresentei a nota fiscal e não precisei pagar novamente. Ufa!
Tinha comido um pão de queijo assim que cheguei no aeroporto, mas não estava bom! :(
Então depois de deixar minhas malas, fui experimentar a comida do Pizza Hut, eu gostei, mas achei bem carinho pra uma pizza!

Bolinhas de calabresa na entrada.

Piiiiizza! Não me lembro qual era o recheio! rsrs!

Depois de todo esse tempo no aeroporto, fui feliz e cansada pra sala de embarque em direção á Goiânia. Saí de São Paulo as 13:50 e cheguei em Goiás as 15:20. O voo foi bem rapidinho e tranquilo, nesse tempo consegui dormi e minutos antes de descer minha ansiedade foi a mil por hora!! 

Assim que desci do avião fui pegar minhas malas e já percebi minha família me esperando do lado de fora! Foi emocionante!!! 

Minha família me esperando!

 Eles gravaram um vídeo do momento em que me viram!! Clique aqui pra assistir!


Depois de conseguir acomodar minhas malas no carrinho, eu fui animada ver minha família!! É uma sensação tão boa, é como se esses dez meses tivessem passado como dez segundos, é como se nada tivesse mudado! Vamos ver o vídeo desse reencontro? Cliquem aqui!



E depois de muitos abraços, beijos e fotos, nós entramos na van que meu pai alugou, para um pedacinho da minha família ir me receber no aeroporto, e fomos pra casa! Clique aqui para o vídeo!


OBS: Desculpem pela qualidade dos videos, foi a emoção, rsrs!


Despedidas e reencontros são especiais. São momentos carregados da pureza dos sentimentos. Nas despedidas, o coração partido fica divido entre duas partes, uma que a gente deixa pra trás e uma outra que a gente leva pro futuro. E nos reencontros essas partes são unidas novamente. As crianças igual a Tonya não entendem, elas pensam que uma despedida tem duração curta. Que em poucos dias a pessoa amada vai retornar. Na realidade elas estão certas não é? Dentro de nós, por mais que a razão repita que vai demorar, a emoção congela o sentimento e projeta um reencontro pra breve. Seja breve ou não, qualquer reencontro tem aquele gostinho de felicidade, traz aquela sensação de que o tempo nunca passou. Eu tive a oportunidade de ter esses dois momentos especiais em menos de 24 horas. Dei um até logo pra uma parte francesa de mim e recebi com entusiasmo a alegria de ser e estar no Brasil. Enquanto o meu voo em Toulouse começava, eu me lembrava da cidade luz, da praia, dos castelos, das cidades antigas, e das pessoas. Da minha família. Dessas cinco pessoas que ficaram e ficarão tatuadas em mim. Elas que abriram meus olhos para uma realidade diferente da minha. Que me conquistaram. E que deixaram em mim uma despedida chorosa, mas também um gostinho e uma vontade de reencontro. Que vai acontecer. E muitas vezes.



Bom pessoal, eu espero que vocês tenham gostado desse post! No próximo e último post eu vou mostrar a minha chegada em casa. Como antes de ir pra França eu mostrei a minha despedida, decidi mostrar minha festinha de boas vindas pra vocês, assim minha família francesa pode acompanhar os detalhes também!! Vai ser um post cheio de fotos e vídeos da farra aqui em casa!!! Não percam!
 Bisous!










segunda-feira, 22 de julho de 2013

Despedidas na França!

Oie pessoal!!  Já tem um mês que cheguei no Brasil e agora que estou conseguindo chegar na reta final do blog. Nos posts seguintes eu vou mostrar como foi no aeroporto, mas hoje vou falar sobre os meus últimos dias na França, que foram cheios de emoção, rsrsrs!!

Pra começar, no ultimo final de semana francês eu, Marie e Tonya fomos visitar os pais dela pra mim despedir dessa família maravilhosa!

Indo pra Villefranche de Rouergue!


Os peregrinos que seguem os caminhos de Santiago da Compostela, vi muitos deles durante esses meses na França, a minha região tinha vários lugares que faziam parte da caminhada dessas pessoas!






Os avós e o tio da França!!

Tios!

Não deu pra tirar fotos com todos, até porque a gente chegou de surpresa, mas com certeza tenho ótimas recordações de toda essa família maravilhosa, que me recebeu com todo o carinho e amor possível, fizeram me sentir em casa. Nos momentos em que eu estava com eles, a dor de ficar longe da minha família do Brasil diminuía! 

E para terminar, vou mostrar a surpresa que o pessoal da minha sala preparou pra mim! Na segunda semana de junho, eles preparam um "goûter", um lanche pra comemorar os últimos dias de aula. Funciona igual no Brasil, cada um leva um lanchinho e todo mundo come e bate um papo!! No meio do lanche, as meninas vieram pro meu lado, entregaram um bracelete que eles todos compraram e me desejaram boa viagem! Gente, eu até emocionei, rsrsrs, porque eu sinceramente não estava esperando!! Não dei conta nem de agradecer direito!! Eles foram muito gentis e amáveis, me fizeram guardar uma lembrança super especial deles!!



Nós tiramos um monte de fotos,e eu pedi pra uma das meninas me mandar depois, assim eu poderia fazer um álbum quando chegasse no Brasil!

A turma!

Pela primeira vez na vida estudei numa sala onde as meninas eram a minoria!

Os meninos!


Mas aí, no último dia de aula, um dia antes de eu voltar pro Brasil, nós marcamos de almoçar na cidade, e durante o almoço, adivinhem?? Eles me deram o álbum de presente! Eu fiquei tão contente!! Bem que falam que os últimos dias são os melhores mesmo né? Todo mundo feliz, no clima das férias, no clima do verão europeu, foram ótimos esses últimos dias!! Vamos ver o álbum??


1ère ES, a minha turma, de ciências econômicas e sociais.

Manon e Mathieu

Aurore e Chloé

Maxime e Nicolas

Claire e Marine

Loïc e Rémy

Baptiste e Anthony


Aurélien e Maxime

Charlotte e Piton, o professor principal!



E uma outra amiga, a Caroline, de uma outra sala, que era super querida comigo, fez também um álbum de recordações!!!!


E pra terminar o dia, a Mathilde, uma outra menina super simpática, uma das francesas mais fofas que já conheci, me deu uma pulseirinha também!


Me falaram que quando estivesse fora do Brasil o valor das pessoas que eu deixaria pra trás seria multiplicado por mil. Me falaram que eu iria sentir uma imensa falta até de pessoas não tão próximas. Me falaram pra tomar cuidado, porque tudo tomaria uma proporção maior, e que iria doer. E doeu. Mas o meu encantamento pela gentileza, pelo amor, pela dedicação das pessoas que eu convivi nesses dez meses foi um sentimento muito mais marcante. Pessoas que por educação ou melhor ainda, por naturalidade, não só me trataram bem como fizeram me sentir parte daquilo. Parte da família, parte da escola, parte da França. Eu provavelmente nunca mais vou encontrar a grande maioria. Uma conversa aqui, uma atualização ali, e a vida de todos seguirá. O processo de conhecer alguém, conviver e se despedir vai continuar. Talvez ele dure a vida toda, fazendo uma pessoa se tornar amigo de conversas constantes ou talvez ele dure um ou dois verões. Mas o importante, em qualquer intensidade ou tempo, é o que as pessoas deixam na gente e o que a gente deixa nas pessoas. Transmitir nossa alegria, nossa fé na vida, nosso amor, nosso respeito, nossa cultura é o melhor presente que podemos dar e receber. Quando essa transmissão é bem sucedida, deixamos no outro um pedacinho da gente. O que desejo é que eu possa fazer isso por muito e muito tempo. Me espalhar nas pessoas, me espalhar no mundo. Dessa maneira eu amarei estar em qualquer lugar, porque serei de todos os lugares. Terei pessoas importantes nos quatro cantos do mundo. Estarei sempre em casa e poderei sempre voltar pra casa. Porque o verdadeiro lar é feito de pessoas amadas. 
Portanto aqui deixo o meu obrigado a todas as pessoas que nesses dez meses foram e sempre serão importantes para mim. Pessoas que fizeram da França, o meu doce lar.