Nos próximos dois posts, eu vou mostrar a última vez que estive em Mimizan e no jardim botânico da cidade! Como vocês puderam perceber ao longo desses dez meses, estive bastante nessa praia linda, e desde a minha primeira vez, eu fiquei apaixonada pelo lugar. Lembro que assim que senti o cheiro do mar de Mimizan, as praias do Brasil vieram imediatamente na minha lembrança, afinal a sensação de imensidão que o mar oferece é parecida em qualquer lugar. Então todas as vezes que ia em Mimizan me sentia em casa!
Nós fomos no primeiro dia de junho e ficamos até o dia 3. Como teve sol todos os dias, nós passamos a maior parte do tempo na praia, deitados na areia, curtindo o sol ao máximo!
Teve sol mas o frio ainda prevaleceu, estávamos na primavera, mas foi a mais fria e chuvosa dos últimos anos na França, então a presença de blusa de frio e cachecol ainda foi necessária.
Quando chegamos ganhamos esse mega pôr do sol de presente de boas-vindas!
Nessa época do ano na França, o sol vai embora por volta das 21h30; então nesse dia eu jantei e fui dar um último passeio ainda á luz do sol!
O jantar da primeira ¨noite¨:
Carne na entrada
Peixe no prato principal
Crumble de maçã e sorvete de caramelo de sobremesa!
Tirei foto desses desconhecidos, porque eles estavam tão bonitinhos vendo o pôr-do-sol, não resisti, rsrs!
No outro dia acordei cedo e fui dar um passeio na praia, esse é ¨Le courant de Mimizan¨! Onde o rio encontra o mar!
Livro, praia e sol!
Marie e Tonya!
Florzinha que a Tonya me deu!
Aproveitando o sol!
Fiquei até bronzeada, rsrsrsrsrs!
Jantar delícia do segundo dia:
De entrada foi uma mille-feuille de crabe, uma massa fininha e crocante com recheio da carne do caranguejo!
No prato principal o Calamar (lula) ao molho picante
Sorvete de caramelo de sobremesa!
As casas de Mimizan são todas nesse estilo, um lado do telhado mais comprido que o outro, parece de brinquedo!
Na primeira vez que estive em Mimizan, o Guy e a Marie me mostraram na sacada do apartamento, o oceano e a direção que o continente americano se encontrava; lembro que eles falaram: O Brasil está do outro lado, é só atravessar a água que você chega lá! Quando estava me despedindo de Mimizan, a Marie novamente mencionou que ficaríamos separadas ¨somente¨pelo oceano.
Eu sempre tive uma certa curiosidade com o mar, fico imaginando o quanto essas águas viajam pelo mundo. Eu gosto da energia do mar, da força que ele transmite, e do poder dessa força, que em vez de nos fazer sentir pequenos e dispensáveis, nos faz experimentar o sabor da liberdade, da paz, da grandeza do mundo. É como se tivéssemos o mundo ao alcance dos nossos pés cheios de areia. Como se as grandes distâncias, medidas por oceanos, tivessem pontes invisíveis, que facilmente nos unissem àquelas pessoas queridas, mas longe fisicamente. Essas pontes invisíveis na verdade existem e são construídas com muito amor, paciência e dedicação. Pode parecer difícil mas essa construção ocorre de maneira natural e é facilmente mantida pelas pessoas que compartilham um carinho mútuo. É essa ponte invisível que eu espero construir com a minha família francesa, uma ligação concreta e regada de alegria. Uma ponte que vai atravessar oceanos e unir o que, por enquanto, fica fisicamente separado. Essa minha ponte vai ter como principal material de construção a saudade, e como manutenção vai contar com a esperança abundante. Esperança e vontade de um futuro reencontro com as pessoas que eu fiquei durante dezessete anos separada pelos mares, mas que em dez meses, conquistaram um lugar dentro de mim; no meu coração.
Ai, que lindo o que você escreveu no finalzinho, Karla! Nem acredito que o tempo passou tão rápido... lembro de ler o post da sua primeira vez em Mimizan!! Espero que esteja tudo bem, bjs :)
ResponderExcluirBrigada Andressa!!!! :) Todas as vezes em Mimizan foram encantadoras né??? Eu estou bem sim, voltar pra casa, apesar da saudade da França, é a melhor coisa do mundo! Beeeeeijos!
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